quarta-feira, 4 de maio de 2011
"A inteligência artificial pode se tornar mais esperta que nós"
No livro a Era das Máquinas Espirituais, que escrevi em meados da década de 1980, previ que um computador iria vencer o campeão mundial de xadrez aproximadamente em 1998. Adiantei que, quando isso acontecesse, iríamos ver com melhores olhos a capacidade de inteligência dos computadores – e, com piores, a nossa própria. Em 1987, o Deep Blue [computador desenvolvido pela IBM] derrotou Gary Gasparov, então campeão no esporte. Analistas da computação e cientistas pontuaram que a façanha só deixava claro como computadores eram bons em fazer análises lógicas de alta velocidade e que o xadrez era apenas uma forma de lidar com a explosiva combinação de possibilidades.
Por hora, a polêmica reside no fato de que a inteligência não-biológica é igual à inteligência humana. E de que a inteligência artificial pode se tornar milhares de vezes mais esperta que nós. O que, para mim, é inequívoco. Mas mantenha em mente que isso não significa uma invasão alienígena das máquinas. Estamos criando essas tecnologias para expandir nossos limites. Finalmente vamos estender muito nossa própria inteligência graças a essas ferramentas que são fruto da nossa própria criação.
* Raymond Kurzweil é inventor e futurólogo norte-americano, pioneiro no estudo de inteligência artificial. É autor de dezenas de livros sobre o assunto, como A Era das Máquinas Espirituais (Aleph)
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