domingo, 29 de maio de 2011

Não é só labirintite que causa tonturas e vertigem.

Equilíbrio é algo fundamental para andar, correr, passear de bicicleta, patins ou skate, e mesmo para ficar parado em pé. E um bom desempenho exige que o cérebro, o tato, a musculatura, a visão e os dois labirintos (órgãos ligados à audição e percepção espacial) funcionem bem. A neurologista Cristiana Borges Pereira explica como funciona esse mecanismo no corpo.

Segundo a especialista, não é só a labirintite que causa tonturas e vertigem. Quando uma pessoa termina de se exercitar na esteira, por exemplo, e volta a pisar no chão, é normal sentir um pouco de falta de equilíbrio, e não há motivos para se preocupar. Outra situação que costuma provocar tontura é a pressão baixa. Isso acontece porque falta irrigação no cérebro, e não por labirintite.

O que pode, sim, levar ao problema é o estresse. Quanto mais ansiosa for uma pessoa, maior é a tendência de tonturas frequentes ou intensas. E o problema não tem hora para surgir: a idade aumenta os riscos, mas crianças também podem manifestar os sintomas.

O que agrava a situação dos idosos é o quadro geral. O labirinto não funciona como o dos mais jovens, e outras dificuldades vêm a reboque. A visão e a força muscular, importantes para o equilíbrio, também se deterioram com o tempo. Outro agravante é o uso de remédios, muito comum nessa fase. Pela união de todos esses fatores, muitos idosos sofrem com as quedas constantes.

A neurologista também falou sobre as polêmicas pulseiras do equilíbrio. De acordo com a médica, não há estudos científicos que comprovem a eficácia do produto. Mas, embora não haja embasamento do ponto de vista químico, Cristiana disse que ele pode agir sobre o psicológico da pessoa e realmente funcionar, algo que a medicina chama de efeito placebo.

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