terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma maravilhosa aula de criatividade

Gilberto Dimenstein
Uma grande pedida em Cambridge, é visitar um prédio em que centenas de jovens, com seus professores, ficam desenvolvendo as mais intrigantes experiências: robôs que cantam ópera, celulares que detectam problemas de visão, carros cujos motores são as rodas ou games que transformam crianças em programadores.

Desenvolvem máquinas capazes de perceber as emoções humanas. 
Estou me referindo ao Media Lab, do MIT, considerado um dos lugares mais inventivos do mundo em tecnologias da comunicação.

O que vemos é maravilhoso. São centenas de estações de trabalhos, coloridas, repletas de engenhocas. O que não vemos é o mais importante: um currículo que revoluciona o que entendemos por educação.

Lá não tem sala de aula. Os alunos escolhem, sem precisar comprovar, as aulas que vão ter em qualquer universidade do mundo, Eles dizem o que vão fazer, como fazer e, ainda por cima, como vão ser avaliados. Seus professores são essencialmente orientadores-inventores.

Pode parecer moleza, mas é muito mais duro do que o sistema convencional --afinal, o resultado tem de ser uma invenção consistente e aplicável.

É um dos exemplos de como o ensino tem de se preparar para produzir não papagaios amestrados, mas inventores. É o aluno como protagonista do conhecimento.

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