terça-feira, 19 de abril de 2011

Conheça o outro cabeludo da canção `Detalhes´


É na clássica “Detalhes”, safra 1971, sua canção mais moderna no sentido benjaminiano e fragmentado... Curtiram a tese ou tento outro início?
Tá fraco?
Então tá, bora nessa...
É na clássica “Detalhes”, sua canção maior na fase de transição do rock para o romantismo popular, que o orgulho macho se pronuncia de forma mais explícita.
Sem essa, broto, de dizer meu nome sem querer à pessoa errada. Qualquer intruso, no caso, seria fatal para um Roberto ciumento e sincero.
Se um outro cabeludo, então, aparecer na sua rua, a culpa é sua. Aí o Rei já fala mais duro. O medo da sua majestade diante do mais plebeu e rasteiro dos sentimentos: a dor-de-corno.
Esse cabeludo [repare no preto e branco da fotografia] não era apenas uma loucura qualquer na cabeça de RC. A ameaça tinha nome, sobrenome e endereço fixo.
Com vocês, sem maiores suspenses e hitchcockianismos, Tarso de Castro (*1941+91)), jornalista, craque no batuque nas pretinhas da velha Remington, gato, unanimidade entre as beldades da época, ídolo, homem de Passo Fundo(RS), fundador do Pasquim, tá bom pra você, meu querido leitor noviço e cabaço?
Zunzunzum por um tempo, boataria por mais uma década, fuxico eterno para os céticos, a informação procede. #fato, como dizem os prezados absolutistas das redes sociais.  
O bravo escriba Tom Cardoso, no ótimo livro “Tarso De Castro - 75kg de Músculos e Furia” (ed.Planeta) já havia posto na roda a possibilidade quase concreta. Yes.
E a musa, quem era?
A socialite carioca Silvia Amélia. Linda, matadora de tão guapa, ali pré Nice, e como homem não acaba direito as coisas, ainda um pouquinho depois, você sabe, amigo, como somos ruins de transições amorosas.
Hoje, dia do aniversário do Roberto, sete ponto zero, uma velho amigo do Rei, talvez o mais próximo, bateu o martelo dos mais guardados segredos: “O outro cabeludo mexeu muito com Ele, era o comilão do Pasquim, podicrê, amizade!”.
Fechado.
Chifre prescrito, este cronista vagabundo que o diga, não dói, não vale mais nem o eco do choro antigo.
Mas se um outro cabeludo aparecer na sua rua, amigo, todo cuidado é pouco. Raspe o cabelo dele e tire satisfação na hora.
Parabéns, meu Rei Setentão, e fica de P.S. a tua versão oficial, postada no teu site:
“Não, de forma alguma. O Tarso é muito brincalhão e provavelmente esta brincadeira dele foi levada a sério. Esta história eu não conheço.”
Escrito por Xico Sá

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