domingo, 17 de abril de 2011

Boicote involuntário

Desde que nasceram, os filhotes de minha Duda, encheram minha vida de alegria. Dão um trabalho enorme, xixi, caquinha, ração, banhos, vacinas, água derramada, secagem dos pelinhos, e tudo mais. Mas, graças a eles, descobri que eu ainda sou um poço de paciência quando se trata de seres que dependem totalmente de mim.  
Redescobri a capacidade de entender chorinhos e de me indignar com quem não consegue respeitar esses bichinhos. Passei a enxergar e me emocionar com cães abandonados, maltratados e famintos; como se fossem crianças precisando de colo.
Não que eu fosse uma parede, fria e paralisada diante deles, mas, como uma mãe, que sabe exatamente o que outra sente num momento de dor, passei a entender a determinação dos que lutam pelos animais.
Dos oito filhotes restam somente três, e a tristeza que sinto toda vez que um se vai, só é amenizada pela certeza de que será amado também por quem levou.
Apesar de toda a mão de obra, não tenho muita certeza se conseguirei ficar sem os que estão aqui, talvez o tempo tenha feito com eles me olhassem diferente, de uma forma particular e isto esteja me fazendo boicotar as propostas para vendê-los.

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