Desde que nasceram, os filhotes de minha Duda, encheram minha vida de alegria. Dão um trabalho enorme, xixi, caquinha, ração, banhos, vacinas, água derramada, secagem dos pelinhos, e tudo mais. Mas, graças a eles, descobri que eu ainda sou um poço de paciência quando se trata de seres que dependem totalmente de mim.
Redescobri a capacidade de entender chorinhos e de me indignar com quem não consegue respeitar esses bichinhos. Passei a enxergar e me emocionar com cães abandonados, maltratados e famintos; como se fossem crianças precisando de colo.
Não que eu fosse uma parede, fria e paralisada diante deles, mas, como uma mãe, que sabe exatamente o que outra sente num momento de dor, passei a entender a determinação dos que lutam pelos animais.
Dos oito filhotes restam somente três, e a tristeza que sinto toda vez que um se vai, só é amenizada pela certeza de que será amado também por quem levou.
Apesar de toda a mão de obra, não tenho muita certeza se conseguirei ficar sem os que estão aqui, talvez o tempo tenha feito com eles me olhassem diferente, de uma forma particular e isto esteja me fazendo boicotar as propostas para vendê-los.
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