domingo, 17 de abril de 2011

Chamem o Dr. Ratão!

O veterinário Angelo Boggio, conhecido como "Doutor Ratão"

Em 1975, uma pane parou o metrô de São Paulo por horas. Motivo: os milhões de ratos que infestavam os túneis comeram cabos elétricos importantes e o sistema travou.
Naquela época, aos 36 anos, o higienista Angelo Boggio, que trabalhava na então Secretaria Municipal de Higiene e Saúde, foi chamado às pressas para exterminar a praga urbana. 
Ali se iniciava a carreira do "Doutor Ratão" (apelido recebido dos colegas) no metrô. Desde então, nenhum rato causou qualquer outra pane.
Hoje o metrô de São Paulo é considerado um dos mais limpos do mundo. "Agora matamos três por mês, no máximo. Quando comecei, eram milhões. Dava para ver a fila de ratos, a perder de vista." 
VENENO SECRETO
A equipe do "Doutor Ratão" usa três tipos de veneno, alternados, para evitar que os ratos se acomodem.
Ele não conta a receita dos remédios. Diz apenas que são anticoagulantes que matam os ratos com a perda de sangue, depois de sete dias, a tempo de outros roedores levarem os sachês para a toca e morrerem também. "Eu não escolho os produtos, quem escolhe são os ratos."
Sachês com venenos são trocados a cada 60 dias, a desinsetização é feita a cada 90 dias e o controle do mosquito da dengue, a cada 20.
Toda noite, as cinco equipes se dividem e fazem o trabalho em trechos: dentro dos trens, nas estações, nos trilhos ou na área externa, num raio de 50 metros da estação.

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