domingo, 3 de abril de 2011

Mãe Nita

Coisa estranha a tal da morte. Parece que por mais que tenhamos consciencia de que por "ela", e de um jeito ou de outro, todos vamos passar, há de haver um tempo pra cada um sentir que já não há; que não mais está; o "se foi" é real, perfurante, doloroso.
Ainda me pego, querendo ir a casa dela, tomar café com bolo; dar risadas no banquinho do jardim, com a cabeça em seu colo.
Parece que ela ainda se queixa das folhas que teimam em cair em sua calçada; da rua deserta, da falta de vizinhos e de cadeiras na calçada.

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